Equipe de hospital organiza casamento de paciente do pré-operatório cardíaco
Por Ana Carolina Câmara em Boas notícias
Um sonho de 30 anos se tornou realidade para um casal, graças a iniciativa de colaboradores do Hospital de Clínicas que organizaram o casamento do paciente do pré-operatório cardíaco.
O casal Johnny Kleyton Mckinley, 58 anos, e, Josane Lima Carlos, 49 anos, se casaram no dia cinco de outubro do ano passado no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV), em Belém, no Pará. E para esses noivos chegarem ao tão sonhado momento passaram por muitas lutas.
A união teve início no dia 12 de julho de 1994, de onde Johny vindo do Rio de Janeiro, foi para a cidade paraense para trabalhar como técnico em eletricidade na construção do primeiro shopping center da capital.
Na época o homem nem pensava em se casar até que conheceu a mulher que 'roubou-lhe' o coração, Josane.
"Ela tinha 22 anos. Quando a vi pela primeira vez, tive certeza que poderíamos ser felizes juntos", contou o noivo para o Agência Pará.
No final do ano de 1998, a obra terminou, o que significou a partida de Johny para sua cidade, só que Josane não partiria junto sem a benção dos seus pais, que aconteceu no ano seguinte. Finalmente juntos, em 2011 o casal voltou para o Pará, para o carioca trabalhar em uma mineradora.
Com tantas idas e vindas e com dois filhos, em 2017, Johnny e Josane retornaram definitivamente a Belém. Instalados, o trabalhador foi fazer um exame de rotina que detectou que o seu coração não estava bem. Em um cateterismo foi constatado que, ao longo dos anos, ele havia sofrido vários pequenos enfartes, comprometendo o sistema cardiovascular. A intervenção cirúrgica era necessária e urgente.
Só que nesse meio tempo a data do casamento estava marcada para o dia 2 de outubro, só que como estava internado o sonho teria que ser adiado, pois o médico não permitiu sua saída, pois correria risco de enfarto.
A equipe biopsicossocial do hospital, ao saber do caso fez o possível para realizar o sonho deles - pois sabem que momentos felizes podem favorecer no tratamento do paciente -, e se envolveram até onde puderam para que a celebração acontecesse.
"Infelizmente, doenças podem surgir em qualquer fase da vida de uma pessoa. Pode ser no início, no fim ou no meio, e em todas elas o paciente tem sonhos a realizar. Nesse caso, o paciente tinha o sonho e o planejamento de casar, mas acabou vindo parar na urgência do hospital. Quando soubemos, nosso desejo era que ele pudesse viver não apenas o sonho, mas a vida", contou a psicóloga Simone Pampolha.
O casal teve marcha nupcial, contou com a presença de familiares e amigos e foram recebidos por um pastor que celebrou o casamento civil e religioso.
