Homem que ficou meses internado por conta do Covid-19 se recupera: 'tenho 35 anos e renasci'
Por Ana Carolina Câmara em Boas notíciasLutando bravamente por sua vida durante meses, homem tem recomeço no início deste ano.
O judoca Felipe Dextro que reside em Santos, São Paulo estava para se casar no dia 20 de novembro de 2020 com a sua noiva Janaína, quando no mesmo dia foi internado as pressas por conta do Covid-19.
Felipe tem reumatismo chamado espondilite anquilosante - um tipo de artrite, autoimune inflamatória crônica, que afeta os tecidos conjuntivos, especialmente as articulações da coluna, causando rigidez e dor nas costas-, necessitando de tratamento com imunossupressor.
Por conta do seu quadro de saúde em menos de uma semana estava entubado na UTI. Sua situação foi agravando e mesmo pronado, sua saturação estava muito baixa e os médicos já não sabiam o que fazer.
Ao saber do caso gravíssimo, uma amiga da prima do Felipe sugeriu tratamento por ECMO (Membrana de Oxigenação Extra Corpórea), conhecido como pulmão artificial de suporte complexo. A equipe do hospital confirmou que seria a única chance de salvar a sua vida.
A sua noiva, como uma guerreira, correu contra o tempo, assumiu os riscos em solicitar sua alta hospitalar e efetuou sua remoção para São Paulo, capital, no dia 03 de dezembro de 2020.
Sua situação era desesperadora com fístula no pulmão, pneumotórax, hemorragia severa no pulmão, infecções hospitalares por bactérias e broncoespasmo eram poucas a chances de sobreviver. O paulistano chegou a ficar sedado por 70 dias, acordando em fevereiro de 2021.
Seu corpo foi levado ao extremo que chegou a perder 45 kg, além de não se mexer e falar pois estava traqueostomizado.
Ainda debilitado, sem conseguir andar e dependendo de oxigênio pra respirar, após 5 meses internado conseguiu ter alta hospitalar e voltou para casa.
"Com muita oração, vontade de viver, apoio da família e amigos, consegui vencer essa árdua batalha!", contou Felipe para o Viver em Santos e Região.
Passaram-se 8 meses de reabilitação pós-alta, com algumas sequelas (perda unilateral da audição, perda de movimentos nos pés devido ao período acamado e baixa capacidade pulmonar) o esportista retornou as suas atividades, quase que 100%.
"Tenho 35 anos e renasci. Comemoro cada dia que acordo vivo”, comemora.
Confira a evolução do tratamento de Felipe:
Só podemos desejar que ele seja muito feliz ao lado da família que tanto o apoiou.